sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quem

Guilherme Darisbo é músico, professor e tradutor. Brasileiro, viveu em nove cidades e conheceu as mais diversas entre as latitudes 45°26'N e 34°55'S e longitudes 75°50' e 34°47'O. Aprendeu a ler con sua TV, e a desenhar em cartões perfurados de Hollerith. Aprendeu o que é desobediência civil com Goscinny e Uderzo. Comprou seu primeiro computador em 1983 e seu primeiro vinil do Kraftwerk em 1988, estudou bossa nova e samba, trabalhou com o coletivo de copyleft e arte livre Re:combo e coordenou o coletivo Antena de música eletroacústica. Depois de dez anos com seu projeto solo Cine Victória, hoje, usando seu nome de batismo, faz improvisação livre explorando polifonia e polissemia do contraste entre instrumentos reais e sons modificados. Tem já um bom punhado de discos, lançados por netlabels de Brasil, Argentina, Chile, Venezuela, México e Espanha. Foi membro e fundador do Doble Cuarteto, dream team de improvisadores da cidade de Buenos Aires, e do Projeto BERROS, grupo-oficina de música improvisada da cidade de Porto Alegre.

É músico.

Julga impossível compreender a música sem considerá-la como narrativa seqüencial. Mais que sensorial, a música é icônica e processo de imagens.

Além disto, julga necessário - quase imprescindível - para todos nós que vivemos entre dois oceanos, pensar que significa fazer arte - e fazer a ciência da arte - na América Latina hoje. Pensar que significa América Latina. E quem somos, e quais as implicações de sermos pessoas que existem entre o Pacífico, o Atlântico e o Rio Grande, em terras ex-Guaranis e ex-Quechuas e des-Européias y des-Africanas, entre outras. É necessário saber qual nosso sentido neste lugar.

http://antena.art.br/darisbo
http://darisbo.bandcamp.com
http://soundcloud.com/darisbo
http://darisbo.blogspot.com